Tuberculose na mira: ciência busca novas armas contra a doença
Responsável por adoecer cerca de 60 mil brasileiros e matar outros 4,5 mil a cada ano, em média, a tuberculose figura como um desafio para os cientistas e desenvolvedores de vacina. Há pouco mais de cem anos, a primeira e única vacina eficiente contra doença foi lançada, a chamda BCG — cujo uso é fundamental para salvar vidas todos os anos. Em termos globais, considerando países onde há alta disseminação da bactéria responsável pela doença, estima-se dezenas de milhares de crianças em todo o mundo sejam salvas todos os anos graças à agulhada.
Basta, porém, olhar à realidade da Covid-19 para comprender que quanto mais tipos de vacinas — com diferentes funcionamentos e abordagens — maiores são as chances de se controlar uma doença. No caso da BGC, um levantamento realizado por Frank Cobelens, professor de saúde global na Universidade de Amsterdã, na Holanda, contabiliza que mais de dez projetos de vacina para tuberculose estão em fases avançadas de desenvolvimento — aquelas partes do estudo que envolvem voluntários humanos.
Trata-se de um cenário inédito. O especialista fará parte do Congresso de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, que ocorrerá em Copenhague, na Dinamarca, em abril deste ano, e deve focar sua apresentação justamente no andamento desses novos imunizantes.
Em sua análise, Cobelens explica que só com novas candidatas à vacina será possível eliminar a doença, uma das metas estabelecidas pela OMS, ideia que também é defendida por especialistas brasileiros.
Fonte: O Globo