Vereadora assassinada no Ceará sofreu ‘mata leão’ de namorado, conclui laudo
As investigações apontaram também que o namorado desligou o aparelho gravador de imagens do interior do imóvel. A presidente da Câmara de Juazeiro do Norte, Yanny Brena, foi achada morta ao lado do namorado em 3 de março deste ano.
Resumo:
- Em 3 de março, a presidente da Câmara de Juazeiro do Norte (CE), Yanny Brena, de 26 anos, e o namorado, Rickson Pinto, de 27 anos, foram encontrados na casa em que moravam.
- Os laudos apontaram asfixia como causa das mortes. Yanny tinha ferimentos no pescoço e no abdômen, além de unhas quebradas.
- As marcas, segundo a investigação, indicam que houve luta corporal.
- Laudos periciais divulgados nesta quarta-feira (22) apontaram ocorreu feminicídio seguido de suicídio.
A vereadora Yanny Brena Alencar sofreu um golpe conhecido como “mata leão” do namorado, Rickson Pinto, quando foi assassinada, segundo conclusão do laudo da Polícia Civil apresentado nesta quinta-feira (23) em Juazeiro do Norte, onde houve o crime.
A presidente da Câmara Municipal foi encontrada morta ao lado do namorado, em casa, em 3 de março, ao lado do companheiro. Segundo as investigações, Rickson Pinto Lucena aplicou o mata leão — que consiste em se posicionar nas costas da vítima e sufocá-la com os braços em volta do pescoço — e levou a vereadora para a sala do imóvel, onde ela foi colocada em “suspensão incompleta”. A vítima ficou pendurada e amarrada por um objeto.
O objetivo de pendurar o corpo de Yanny, segundo Márcio Gutiérrez, chefe da Polícia Civil do Ceará, era simular um duplo suicídio.
“Ela tinha agressões no rosto, no queixo, marca de violência nos braços, lesões de arrasto, indicando que ela foi puxada por ele. A própria Pefoce [Perícia Forense do Ceará] deixou isso no laudo de que ele empregou muita violência, compatível até com um acidente de veículo”, detalhou Márcio Gutiérrez.
As investigações descartaram a presença de uma terceira pessoa na casa. A polícia afirma que Rickson Pinto desligou as câmeras do interior do imóvel. O aparelho deixou de registrar imagens às 17h31 de 2 de março, um dia antes da morte dos dois.
Yanny era médica, além de vereadora pelo PL. Rickson se intitulava como atleta de vaquejada, mas não possuía uma ocupação fixa, conforme as investigações. O casal estava junto desde 2020.
Yanny Brena sofreu ferimentos no pescoço, no abdômen e também teve unhas quebradas, indícios de que houve luta corporal antes do assassinato.
Fonte: G1